Vinicius de Moraes - A dor a mais


Foi só muito amor
Muito amor demais
Foi tanta a paixão
Que o meu coração, amor
Nem soube mais
Inventei a dor
E como ela nos doeu

Ah, que solidão buscar perdão
No corpo teu
Tanto tempo faz
Tens outro amor, eu sei
Mas nunca terás
A dor a mais
Como eu te dei
Porque a dor a mais
Só na paixão
Com que eu te amei

Por Vinicius de Moraes
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Ilusão



Paixão que arde o meu peito, febre que me faz queimar
Amor que me aquece, olhares que me hipnotizam
Gestos que me fazem parar no tempo, pensamentos que
Fazem-me lembrar, palavras que me fizeram acreditar
Carinhos que me fez sonhar, sonhos em que eu tive
E nada disso foi o bastante para que você ficasse ao meu lado
Foi apenas mentiras que me destes e isso machucou meu coração
Quantas juras de amor ouvi saírem de sua boca
Quantos momentos em que você me fez acreditar que havia
Paixão, até seu olhar me dizia que havia
Com tal coisa assim fui enganado
Você mentiu em suas palavras e me fez creditar que era paixão
Puro capricho seu e agora estou aqui
Na solidão, no desespero querendo você
Querendo o que você vinha me prometendo, querendo o que
Você jurou que sentia por mim
Não sei o quanto vou resistir, não sei se vou sobreviver
A toda essa sua ingratidão e mentiras
E para completar ainda te amo, mas não acredito mais em uma
Só palavra que você me diz
Apenas luto contra esse sentimento que está me fazendo mal.
Por Márcio Poeta
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Se queres


Se queres descobrir o amor em teu ser, primeiro observa
o nascimento das flores sobre as pedras, o nascimento da
borboleta em seu casulo tão limitado... Observa o sol
nascendo e iluminando o que há pouco era só escuridão...

Se queres conhecer o amor, observa o movimento gracioso
do vento sobre as flores e vê as sementes sendo lançadas
para outros solos, transformando-os, delicadamente, sem
pressa. Observa a generosidade com que a natureza te acolhe,
mostrando com seus movimentos a importância de te sentires
como ela se sente.

Se queres sentir o amor, olha para os teus irmãos com a
disposição de, sem julgamento, ve-los como eles são. Olha
para ti e aceita o que vem do coração.

Se queres compartilhar o amor, apenas estende a tua intenção
e ela chegará ao mundo e a ti retornará, trazendo-te as bênçãos
de Deus que sorri com a tua conduta.

Se queres prosseguir com o amor, procura viver de acordo com
as virtudes que se foram dados por Deus...

Se queres sentir o verdadeiro amor, entrega-te por completo
nas mãos de Jesus e verás o Milagre da vida acontecer em ti.

Por Márcio Poeta
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Lua


Mais claro momento de reflexão
Vidas passageiras e momentos passageiros
Claro sol que a luz se dá e ilumina a alma
Reluz o que está escuro e nasce um viver
Viver em harmonia e nada de falsidade
E nem correr atrás do que não tem sentindo

Faz-se a lua iluminada pelo o sol faz com que não perca
O brilho e de noite vejamos os raios do sol refletido
Na claridade que se dá no espelho luar
É de inspirar paixão e soltar suspiros a lua provoca
Prazeres e tem um sentido romântico
Faz enxergar na escuridão, abençoada lua

E a pele solta os arrepios dos poros avisando que
O desejo esta chegando, revirando os olhos de prazer
A pele se encosta causando a química da paixão
Juntando os lábios e se concretizando o beijo
Molhado se entrelaçando a língua
Percebendo que é amor pura inspiração que a lua nos dá.

Por Márcio Poeta
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Biografia Carlos Drummond de Andrade


Poeta, cronista, contista e tradutor brasileiro. Sua obra traduz a visão de um individualista comprometido com a realidade social.

Na poética de Carlos Drummond de Andrade, a expressão pessoal evolui numa linha em que a originalidade e a unidade do projeto se confirmam a cada passo. Ao mesmo tempo, também se assiste à construção de uma obra fiel à tradição literária que reúne a paisagem brasileira à poesia culta ibérica e européia.

Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade natal, em Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.

Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Excelente funcionário, passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil.

Predomínio da individualidade. O modernismo não chega a ser dominante nem mesmo nos primeiros livros de Drummond, Alguma poesia (1930) e Brejo das almas (1934), em que o poema-piada e a descontração sintática pareceriam revelar o contrário. A dominante é a individualidade do autor, poeta da ordem e da consolidação, ainda que sempre, e fecundamente, contraditórias. Torturado pelo passado, assombrado com o futuro, ele se detém num presente dilacerado por este e por aquele, testemunha lúcida de si mesmo e do transcurso dos homens, de um ponto de vista melancólico e cético. Mas, enquanto ironiza os costumes e a sociedade, asperamente satírico em seu amargor e desencanto, entrega-se com empenho e requinte construtivo à comunicação estética desse modo de ser e estar.

Vem daí o rigor, que beira a obsessão. O poeta trabalha sobretudo com o tempo, em sua cintilação cotidiana e subjetiva, no que destila do corrosivo, no que desmonta, dispersa, desarruma, do berço ao túmulo -- do indivíduo ou de uma cultura.

Em Sentimento do mundo (1940), em José (1942) e sobretudo em A rosa do povo (1945), Drummond lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a explicitação de sua mais íntima apreensão para com a vida como um todo. A surpreendente sucessão de obras-primas, nesses livros, indica a plena maturidade do poeta, mantida sempre.

Alvo de admiração irrestrita, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.

Fonte: Releituras

Resíduo
(...) Pois de tudo fica um pouco.
Fica um pouco de teu queixo
no queixo de tua filha.
De teu áspero silêncio
um pouco ficou, um pouco
nos muros zangados,
nas folhas, mudas, que sobem.

Ficou um pouco de tudo
no pires de porcelana,
dragão partido, flor branca,
ficou um pouco
de ruga na vossa testa,
retrato.

(...) E de tudo fica um pouco.
Oh abre os vidros de loção
e abafa
o insuportável mau cheiro da memória.

Carlos Drummond de Andrade
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Viva hoje e tenha a esperança do amanhã



É cada dia que penso como poderia ser o amanhã
E chegando a uma conclusão que no amanhã não devemos pensar
E sim saber o que se passa a cada minuto do presente
É assim que o barco navega
Ao mar sem saber o que espera a frente
E nunca vamos saber do futuro mesmo que há algo programado
Nem se você esta preste a fazer alguma coisa
Não tem como saber se vai acontecer realmente
A não ser quando já se concluído sabendo do resultado
É pouco o que vivemos
Pouco, mas dependendo do que vivemos o que ficou
Não foram sobras e com certeza deve ter sido algo que valeu apena
Nada é de mais feito com sã consciência e amor
Pensamos que tudo está perdido
As fazes caímos em sofrimentos e desespero
 Chega ao um ponto de desanimo total
Mas para que desanimar do presente que Deus nos deu
A vida simplesmente viver é um presente
Cabe a nós mesmo fazer com que vale a pena essa existência
Cabe a nós amar e ser feliz lutar para que isso se concretize
Para que pensar em coisas sórdidas, se podemos construir algo melhor
Basta acreditar que pode
Basta saber que Deus nos vale tudo
Carrega-nos em fé que depositamos em seu poder
Davi fazia orações a Deus em seu cumprido momento de perseguição
E nada mais que ser perseguido pelo seu próprio filho
Em muitos pedidos em orações intensas que chegaram a ser poéticas
Ele conseguiu o que buscava
Isso é um espelho para que seguissem da maneira ou pelo menos
Tentamos seguir o exemplo dos seguidores de Deus daquela época.

Por Márcio Poeta.


1 Salmo de Davi para o músico-mor, sobre Seminite... Nos salva, SENHOR, porque faltam os homens bons; porque säo poucos os fiéis entre os filhos dos homens.
2  Cada um fala com falsidade ao seu próximo; falam com lábios lisonjeiros e coração dobrado.
3  O SENHOR cortará todos os lábios lisonjeiros e a língua que fala soberbamente.
4  Pois dizem: Com a nossa língua prevaleceremos; säo nossos os lábios; quem é senhor sobre nós?
5  Pela opressão dos pobres, pelo gemido dos necessitados me levantarei agora, diz o SENHOR; porei a salvo aquele para quem eles assopram.
6  As palavras do SENHOR säo palavras puras, como prata refinada em fornalha de barro, purificada sete vezes.
7  Tu os guardarás SENHOR; desta geração os livrarás para sempre.
8  Os ímpios andam por toda parte, quando os mais vis dos filhos dos homens säo exaltados.
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Mario Quintana

O TRÁGICO DILEMA: Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro.

AMAR: Fechei os olhos para não te ver e a minha boca para não dizer... E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei, e da minha boca fechada nasceram sussurros e palavras mudas que te dediquei... O amor é quando a gente mora um no outro.

BILHETE: Se tu me amas, ama-me baixinho Não o grites de cima dos telhados Deixa em paz os passarinhos Deixa em paz a mim! Se me queres, enfim, tem de ser bem devagarinho, Amada, que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...

Por Mario Quintana

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VEM DO CORAÇÃO

Há um sentimento para contemplar, como encontrar palavras que expressa o sentimento continuo e duradouro, somente os gestos, olhares, carinhos e até mesmo o silêncio poderá explicar o que sinto, para quem corresponde será um bom entendedor.

Márcio Ferreira

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