Por algumas horas recordei-me da minha infância quando passávamos os dias de domingo logo de manhã jogando bola na Rua 13, por não ser muito movimentada de carros, por volta das dez da manhã começávamos a nossa diversão futebolística e ali naquela rua ficávamos até a hora do almoço, só parávamos quando as mães chamavam para almoçar, o futebol parava para o almoço, por volta das 13 horas retornávamos para a Rua 13, mas não para jogar bola e sim para ficar a toa ou andar pelas ruas do bairro
Lembro-me de uma chácara que se chamava Galharde nessa chácara havia uns pomares de três tipos de frutas que por sinal era as mais desejadas por todas aquelas molecadas que não tinha muito que fazer, mesmo com a barriga cheia depois do almoço a consciência roncava pro lado daquelas frutas, uns dez pés de manga, uns dez pés de laranja e uns dez pés de mexerica os olhos até brilhavam ao olhar aqueles pomares carregadinhos das mais deliciosas frutas que tinha pela redondeza
A gente partia para chácara do Galharde totalmente no intuito de degustar as frutas que a propriedade nos oferecia, ali entravamos na chácara subia nas arvores sem pedir, por que o dono da chácara o Galharde possuía de uma espingarda daquelas que carrega pela boca colocando pólvora e ao em vez de chumbo ele colocava sal grosso, a intenção dele não era matar e sim assustar os moleques que invadiam a chácara, aquela geringonça fazia um estrondo e o sal quando tocava na pele além da dor formava um hematoma enorme que demorava semanas para sumir
Mesmo assim íamos lá sagradamente todos os domingos de tarde depois do almoço, nunca tínhamos pensado em pedir sempre entrando escondido pulando a cerca e subindo no pé, um dia ao chegar próximo à cerca vimos o Galharde abrindo o portão, um amigo nosso tomou coragem e se aproximou do Galharde e com voz meio tremula pediu, se poderiam pegar algumas mangas que estavam no chão, por espanto de todos. O tal homem temido lhe respondeu; que sendo assim pedindo poderia até subir nas arvores e pegar direto, por anos a gente temia aquela espingarda à toa, depois de muitos hematomas causados pelo sal descobrimos que o Galharde era um velhinho muito do simpático ele só não gostava que roubássemos as frutas e sim pedíssemos a ele.
Por Márcio Ferreira
Aiiiii doeu até em mim... Mas até que enfim ficou td bem no final... Bjs migo
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